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Transformando conversas em resultados: o poder da comunicação assertiva

Evento da Comissão Mundo do Trabalho abordou como a empatia e a escuta ativa podem revolucionar o engajamento e a produtividade no ambiente corporativo

Como transformar conversas diárias em poderosas ferramentas de engajamento e produtividade? O evento "Empatia Assertiva para Mais Engajamento e Produtividade", promovido pela Comissão do Trabalho da Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo em 21 de agosto, não apenas abordou a necessidade de desafiar práticas comunicativas convencionais, mas também ofereceu um espaço para refletir sobre como a escuta pode ser aprimorada.

A palestrante convidada foi Pauline Charoki, instrutora e palestrante da "Do It - Escutatória Foco & Storytelling ao vivo" e fundadora da "Transforme suas relações". Ela iniciou sua fala já desafiando a ideia de que a empatia é o mesmo que se colocar no lugar do outro. Segundo ela, uma comunicação verdadeiramente eficaz requer um compromisso mais profundo com a consciência emocional e a compreensão mútua. A convidada destacou que, para promover uma comunicação assertiva, é crucial que os profissionais desenvolvam habilidades para reconhecer e gerenciar suas próprias emoções, além de entender o impacto de suas palavras sobre os outros. "A comunicação é como um casamento," afirmou ela, "quando ambos estão bem, ela flui; se um apresenta qualquer problema, tudo pode desandar." Esse conceito enfatiza a importância de um equilíbrio harmonioso nas interações, em que ambas as partes têm um papel ativo na construção de uma comunicação eficaz.

O conceito de Comunicação Não Violenta (CNV) também foi um ponto central na palestra. Pauline explicou que a CNV vai além da simples troca de palavras e exige um compromisso com a inclusão e o respeito para que não sejam gerados desconforto ou desconexão. A prática da CNV envolve autorreflexão constante e a disposição para ajustar as próprias práticas comunicativas de maneira que elas favoreçam um ambiente colaborativo e compreensivo. A especialista sugeriu que, para adotar a comunicação não violenta, os profissionais devem questionar suas próprias práticas e buscar maneiras de tornar as interações mais genuínas e respeitosas. Isso implica reconhecer e trabalhar com as necessidades e sentimentos dos outros, ao mesmo tempo em que se observa as próprias necessidades e limites.

Outro ponto fundamental abordado foi a importância da escuta ativa. A convidada introduziu o conceito de "escutatória," enfatizando que a verdadeira escuta vai além do simples ato de ouvir e envolve uma atenção plena e uma abertura para compreender a perspectiva do outro sem deixar que nossos próprios vieses distorçam a comunicação. Essa abordagem prevê que as pessoas se expressem livremente, o que contribui para um diálogo mais rico e produtivo. A escuta ativa não só melhora a qualidade das interações, mas também fortalece a confiança e o respeito mútuo, essenciais para um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.

Outro conceito fundamental para o processo comunicativo é a inteligência emocional. Pauline detalhou os cinco pilares dessa competência: autoconhecimento, empatia, automotivação, habilidades sociais e autorregulação. A ideia é que, ao fortalecer esses pilares, os profissionais podem criar um ambiente de trabalho no qual a comunicação não é apenas a troca de informações, mas uma prática que fortalece as relações e contribui para o sucesso coletivo. Ao final, ela citou Aristóteles: "interessantes são as pessoas interessadas." Para Pauline, a escuta ativa é também uma forma de curiosidade em relação ao outro. Ela concluiu afirmando que as pessoas florescem quando recebem atenção, e que o líder que sabe ouvir é aquele que extrai o melhor de sua equipe.

 

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