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Análise econômica 2024-2025: o que esperar para o Brasil?

Economista-chefe do Bradesco apresenta previsões e discute resiliência econômica brasileira

Marcelo Cirne de Toledo, Economista-chefe do Bradesco Asset Management, apresentou suas previsões e discutiu a resiliência econômica brasileira em evento do Observatório Econômico da CCIFB-SP

As perspectivas e os desafios da economia brasileira para os anos seguintes foram discutidos em um webinar promovido pelo Observatório Econômico da CCIFB-SP, no dia 15 de agosto. O evento, que contou com a moderação de Octavio de Barros (líder da Comissão), recebeu Marcelo Cirne de Toledo, Economista-chefe do Bradesco Asset Management (BRAM). O profissional, que possui doutorado em Economia pela USP e mais de 25 anos de experiência, foi convidado a oferecer sua visão sobre as tendências para o cenário econômico global e brasileiro para este e o próximo anos.

Toledo iniciou sua apresentação destacando a volatilidade do ambiente econômico atual: “nos últimos dois anos, a principal discussão no mundo tem sido a política monetária e a inflação”, afirmou ele, referindo-se ao cenário de incertezas que permeia as decisões dos Bancos Centrais. Ele explicou que a inflação nos Estados Unidos apresentou oscilações, levantando dúvidas sobre a necessidade de aumentos nas taxas de juros, mas enfatizou que a desaceleração econômica já estava em curso e que não há evidências de uma recessão iminente.

O economista também abordou a situação do Brasil. Segundo ele, a economia local está se mostrando resiliente. “A combinação de crescimento econômico e redução da inflação pode criar um ambiente favorável para o Brasil”, afirmou, ponderando que existem fatores internos que precisam ser considerados, como a política fiscal, que ainda gera preocupações no mercado. “Precisamos encontrar um equilíbrio entre a política fiscal e monetária para garantir um crescimento sustentável”, completou.

Durante o debate, os participantes expressaram seus receios sobre a possibilidade de uma crise fiscal no Brasil. Para Toledo, o cenário é construtivo, mas exige atenção ao descompasso entre aspectos fiscais e monetários. Ele observou que o Brasil tem condições de crescer, mas a necessidade de um ajuste na política fiscal é crucial. “Estamos em um momento em que o governo precisa demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal para fortalecer a confiança dos investidores.”

O convidado destacou a importância do investimento estrangeiro direto, especialmente em setores como energia renovável, afirmando que “o Brasil tem um potencial enorme, e projetos nesses segmentos podem atrair capital e promover um crescimento sustentável.”

Ao encerrar sua apresentação, ele fez um apelo à comunidade empresarial e aos investidores: “devemos estar preparados para aproveitar as oportunidades que surgem, mas também precisamos ser realistas sobre os desafios que enfrentamos.” Na opinião dele, embora o cenário global apresente riscos, há um espaço significativo para a apreciação do Real e para o crescimento econômico no Brasil. “Com um ambiente internacional favorável e um ajuste interno bem-sucedido, podemos olhar para o futuro com esperança”, concluiu.

Confira abaixo o vídeo do evento completo:

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