São Paulo Entrevistas

Vinicius Parmezani, presidente do Bureau Veritas Brasil, fala sobre sustentabilidade e meio ambiente

Cada vez mais, as empresas buscam estratégias e práticas sustentáveis para reduzir impactos ambientais. Apesar de não ter um modelo de negócios que não apresente grandes riscos, o Bureau Veritas se preocupa com a pegada de carbono gerada pela logística operacional, por isso, protocolos como otimização de viagens, uso de etanol nas frotas e compra de energia verde foram adotados pela empresa com o intuito de reduzir possíveis danos causados. A meta, até 2025, é reduzir globalmente a pegada de carbono em 30%.

“Sustentabilidade é prioridade no Bureau Veritas e está completamente integrada à nossa cultura organizacional. Está nosso DNA”, declara Vinicius Parmezani, presidente do Bureau Veritas Brasil. Essa afirmação é comprovada pelos principais indicadores econômicos que reconhecem empresas com as melhores práticas ESG, dentre eles estão: Euronext CAC 40 ESG Index, EcoVadis, ISS ESG, MSCI, S&P Global, Vigeo Eiris, CDP e Dow Jones Sustainability Indexes.

Esse reconhecimento vem de um trabalho minucioso. De acordo com Vinicius, o Bureau Veritas possui uma política de ecoeficiência operacional bastante rígida e auditorias para avaliar o desempenho das instalações são realizadas com frequência. Além disso, práticas sustentáveis são incorporadas no cotidiano da empresa, que conta com uma matriz elétrica composta majoritariamente por fontes renováveis de energia, para abastecer a frota, é recomendado que os colaboradores deem preferência ao etanol, um biocombustível que apresenta baixo índice de emissão de poluentes, e, pontualmente, realizam a compra de energia verde para manter alguns laboratórios operando com máxima ecoeficiência. “Nosso papel é valorizar, respeitar e preservar esse benefício”, completa o presidente.

Para fortalecer a sustentabilidade em sua cultura organizacional, frequentemente, o Bureau Veritas promove treinamentos e workshops com os colaboradores. Para Vinicius, medidas como essa favorecem a preservação ambiental dentro da empresa e possibilitam o aprimoramento de soluções que contribuem para a educação do mercado e o desenvolvimento de mentalidade sustentável dos clientes.

“Incorporar a mentalidade sustentável aos nossos valores pessoais e profissionais nos ajuda a enxergar um mundo de novas oportunidades. Lembrando que Sustentabilidade não é sobre sucumbir à pressão dos investidores e adotar meias medidas, mas sim garantir a perenidade dos negócios em um cenário em que a qualidade de vida da humanidade está em risco”, manifesta Parmezani.

Muitas empresas ainda estão calculando o custo-benefício das iniciativas verdes no curto prazo, apenas para acabar encontrando barreiras às mudanças necessárias. Nesse sentido, desenvolver protocolos, políticas públicas e legislações para empresas de todos os portes e setores econômicos ajudará a educar adequadamente o mercado sobre o assunto e entender o que precisa ser feito para ser considerado sustentável.

“É importante lembrar que não existe uma fórmula mágica para se tornar uma empresa ambientalmente responsável. Cada core business gera um tipo de impacto e está sujeito a uma série de fatores externos que afetam a tomada de decisão”, finaliza Vinicius.

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